De acordo com dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Belém e Manaus são as únicas capitais brasileiras onde mais de 50% da população vive em favelas. Esses dados alarmantes destacam a complexa realidade socioeconômica dessas cidades, situadas na Região Norte, onde o rápido crescimento populacional e a escassez de infraestrutura pública contribuem para a formação dessas comunidades.
Em Belém, capital que sediará a COP 30 em 2025 – a Conferência do Clima das Nações Unidas –, 57,2% dos habitantes residem em áreas de favelas, um índice que chama atenção para as condições de vida e os desafios urbanos da cidade. Em Manaus, que também enfrenta problemas de urbanização e infraestrutura, 55,8% dos moradores vivem em comunidades com características de favela. Esses percentuais superam, em muito, a média nacional de 8,1%, o que equivale a 16,4 milhões de brasileiros residindo em 12.348 favelas espalhadas por 656 municípios.
Esses dados destacam a desigualdade regional e refletem os desafios enfrentados na Amazônia urbana, onde o crescimento acelerado e a falta de investimentos em habitação e saneamento impactam diretamente a qualidade de vida da população. Para as cidades amazônicas, a urbanização ocorre sem o suporte de infraestrutura adequada, o que resulta em moradias em áreas com deficiências em saneamento básico, acesso a água potável e serviços públicos.
A situação de Belém e Manaus também tem implicações para o meio ambiente, pois muitas das áreas de favela estão situadas próximas a áreas de preservação, o que gera impactos ambientais e pressões sobre os recursos naturais da região. A COP 30, que ocorrerá em Belém, pode oferecer uma oportunidade de destaque para a pauta da sustentabilidade urbana na Amazônia e para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas a solucionar problemas habitacionais.
Os altos índices de moradores em favelas nessas capitais também ressaltam a necessidade de políticas públicas que ofereçam soluções habitacionais dignas e sustentáveis. Governos locais, estaduais e federais, em parceria com a iniciativa privada e organizações da sociedade civil, precisam trabalhar juntos para desenvolver programas habitacionais que beneficiem diretamente essas populações, promovendo inclusão social e melhoria na qualidade de vida.
A divulgação desses números reforça a importância de investimentos sociais que possam modificar essa realidade ao longo do tempo, promovendo uma urbanização mais justa e sustentável, com foco em atender a população em vulnerabilidade social. A melhoria das condições de vida nessas cidades é essencial para garantir que a urbanização da Amazônia ocorra de forma sustentável, beneficiando tanto os moradores quanto o meio ambiente.
FAQ
1. Qual o percentual de moradores que vivem em favelas em Belém e Manaus?
Em Belém, 57,2% da população vive em favelas, enquanto em Manaus esse índice é de 55,8%, segundo o Censo 2022.
2. Como esses dados comparam com a média nacional?
A média nacional de pessoas que vivem em favelas é de 8,1%, o que corresponde a cerca de 16,4 milhões de brasileiros.
3. Por que a situação de Belém e Manaus é tão crítica em relação a favelas?
A falta de infraestrutura pública, o crescimento populacional acelerado e a escassez de investimentos em habitação são fatores que contribuem para o alto índice de moradores em áreas de favela nessas capitais.
4. Quais são os impactos ambientais de tantas pessoas vivendo em favelas na Amazônia?
Muitas favelas estão próximas a áreas de preservação, o que gera pressões sobre os recursos naturais da região e impactos no meio ambiente, incluindo desmatamento e poluição.
5. A realização da COP 30 em Belém pode ajudar nessa situação?
A COP 30, ao ocorrer em Belém, destaca a importância da sustentabilidade urbana na Amazônia e pode trazer atenção global para a necessidade de soluções habitacionais e políticas sustentáveis na região.
6. Quais são as possíveis soluções para reduzir o número de pessoas vivendo em favelas em Belém e Manaus?
Investimentos em habitação, infraestrutura e saneamento, além de políticas de urbanização sustentável, são fundamentais para melhorar as condições de vida e reduzir o número de moradores em favelas nessas cidades.